Depois de muitos avisos e conselhos para evitar aglomerações e depois de não sei quantos planos de contingência, com o aproximar das eleições e campanhas eleitorais o vírus H1N1 (gripe A) desapareceu do mapa.
Tanto nas campanhas como nos locais de voto, onde que se saiba não há desinfectantes nem planos de contingência, as aglomerações não constituem perigo de contágio.
Devemos concluir que, os partidos políticos, por decreto, determinaram que o vírus H1N1 está de férias, de greve, ou foi sujeito a uma providência cautelar que o impede de se aproximar dos eleitores.
A menos que a protecção dos portugueses contra o contágio por uma doença que pode ser mortal seja considerado um dano colateral necessário para que os partidos possam ficar com o dinheiro que os portuguses são obrigados a dar para eles se sentirem realizados, quer-me parecer que isto pode configurar uma situação de crime contra a saúde pública. Mas claro, o que importa são os votos. Se ninguém votar eles têm que ir cavar batatas.
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